O Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) lançou agora há pouco a campanha Dengue – no Inverno ou Verão – precisa acabar. O evento reuniu os alunos da tarde do Peti, que assistiram palestra com integrantes do Departamento Municipal de Meio Ambiente e da Vigilância Sanitária.
De acordo com a diretora do Peti Magali Moreira Gonçalves, este é o primeiro passo da ampla campanha desenvolvida. “Faremos diversos encontros de conscientização e trabalhos com os beneficiários do Peti, as crianças. O produto final será apresentado ao público em 26 de Agosto na Praça Rui Barbosa”, disse.
Nesta data, as crianças apresentarão uma peça de teatro sobre o tema e panfletos confeccionados por eles próprios serão distribuídos. Já na próxima semana, cartazes e convites serão enviados à repartições públicas e escolas tratando do combate à Dengue
O motorista Adalberto Pereira da Silva, de 47 anos, é pai de Miguel, que estuda no Peti e aprovou a iniciativa. “Lá em casa sempre nos prevenimos, mas sabemos que em muitas casas, isso não ocorre da maneira correta. Acho essencial o Peti fazer eventos como estes e chamar os pais para participarem”, contou.
A bióloga Suélen Silva de Oliveira que fez a palestra de agora à tarde disse que a atividade é uma parcela da contribuição acordada do Departamento de Meio Ambiente ao Comitê Municipal de Combate à Dengue, que vem unindo todas partes da Prefeitura em torno da prevenção maciça à doença hoje, evitando casos no próximo Verão.
“Além dos cuidados básicos de não deixar água parada e combater os focos, falei sobre a Crotalária, planta que já tem dado resultados no combate às larvas do mosquito. A próxima etapa será seu plantio no Viveiro Municipal para multiplicar as sementes pela cidade. Hoje foi especialmente gratificante porque foi nossa primeira atividade dentro o Comitê e por ter sido com as crianças. Focamos bastante nessas ações mais simples que podem ser feitas em casa”, explicou Suélen.
De acordo com o Departamento de Meio Ambiente, a flor da Crotalária acumula a água da chuva e se torna bebedouro para as libélulas, que acabam botando seus ovos naquela água parada, onde também há ovas do Aedes aegypti. Aí é que a prevenção da doença acontece, já que as larvas da libélula matam as larvas do mosquito da Dengue. Em cidades em que a planta foi utilizada, houve diminuição drástica dos mosquitos nascidos ali, restando em sua maioria vetores vindos de outras cidades.