Visando incentivar e impulsionar as atividades do projeto Oásis a Prefeitura de Jacarezinho firmou sexta-feira, 16, um convênio prevendo um auxílio mensal de R$ 400, de março a dezembro de 2008, que representa metade do pagamento de uma agrônoma especializada em olerícolas. A profissional, de Santo Antônio da Platina, irá fazer um acompanhamento semanal das estufas de tomate, uma das duas culturas do grupo.
O técnico da Emater de Santo Antônio da Platina, Maurício Castro Alves que representou o gerente regional da entidade, Sidney Barros Monteiro, elogiou a iniciativa e destacou as características da olericultura. “Sem dúvida é uma cultura que dá dinheiro, mas é preciso dedicação, organização e acompanhamento constante porque qualquer praga pode acabar com uma safra inteira em poucos dias”. Ele também parabenizou a ação da prefeita Tina Toneti. “O apoio à olericultura foi uma das questões discutidas no Fórum [Regional de Desenvolvimento Sustentável] e a prefeita Tina está de parabéns por se antecipar às decisões do Fórum contratando uma profissional para prestar assistência técnica aos agricultores”, completou Alves.
A prefeita Tina Toneti salientou que o mais importante dos convênios firmados com o Oásis e com a Emater (assinado na quinta-feira, 15) é que eles “privilegiam a agricultura familiar. E projetos como o Oásis, que trabalham com associativismo e cooperativismo, merecem apoio e assistência técnica, que vai melhorar a produção”.
Sobre o projeto
O projeto Oásis, que completa 3 anos em agosto de 2008, foi constituído através do programa de crédito fundiário. Um grupo de famílias, selecionadas dentre uma lista de interessados pela Emater, de acordo com suas habilidades com a terra e de convivência e trabalho em grupo, adquire uma propriedade através de financiamento pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário. São integrantes do projeto Oásis 18 famílias que optaram pelo não loteamento da área de 56 alqueires onde estão instaladas e trabalham em sistema de cooperação.
De acordo com Roberto de Moraes, segundo presidente da Associação, as atividades são: olericultura (tomate), bovinocultura de leite e cana. A comercialização também é feita de forma coletiva. O leite excedente (cada associado tem direito a 1 litro por dia) é vendido para o laticínio da Associação Agropecuária de Jacarezinho (AGROJAC). Já o tomate, as empresas buscam diretamente na fazenda.
Segundo Moraes com o apoio das entidades o projeto só tende a crescer. “Existem projetos de, em dois meses, ser feita a diversificação de culturas com investimento em eucalipto e outras hortaliças, e a ampliação de mais uma estufa por família”.